Ansiedade Comum ou Transtorno de Ansiedade? Veja Como Diferenciar!
- roseannesouzapsico
- 6 de set.
- 2 min de leitura

A ansiedade é uma reação natural, presente em toda a nossa trajetória humana. Ela ocorre quando o organismo se depara com situações percebidas como desafiadoras ou ameaçadoras, ativando um estado de alerta que prepara o corpo para agir.
Esse processo, conhecido como “luta ou fuga”, desencadeia respostas fisiológicas como o aumento dos batimentos cardíacos e da tensão muscular. Em níveis equilibrados, a ansiedade exerce uma função especial: proteger e favorecer a adaptação diante das demandas do cotidiano.
No entanto, no nosso contexto atual, marcado por pressa, cobranças e excesso de estímulos, esse mecanismo tende a ser acionado com mais frequência. Sentir ansiedade antes de uma entrevista ou de uma prova, por exemplo, é esperado hoje em dia. Mas você já se perguntou: quando essa ansiedade ultrapassa os limites do esperado e se transforma em um transtorno?
O que diferencia a ansiedade comum do transtorno?
Frequência, intensidade e generalização são os principais sinais dessa transição. Sentir ansiedade diante de um evento específico é algo normal e até esperado. O alerta aparece quando essa ansiedade deixa de ser pontual e começa a se repetir com frequência ao longo dos dias, ganha intensidade e passa a invadir diferentes áreas da vida, como o trabalho, o sono e os relacionamentos. Nesse ponto, já pode estar indicando um transtorno de ansiedade.
Segundo uma revisão da literatura sobre os limites entre ansiedade normal e patológica, esse sentimento é parte da herança biológica do ser humano, mas também pode ser disfuncional quando se torna excessivo ou crônico.
O quanto isso é comum?
Os transtornos de ansiedade estão entre os quadros mais comuns tanto em crianças quanto em adultos (Castillo, 2000). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 já se estimava que mais de 9% da população brasileira convivia com algum transtorno de ansiedade, um índice bem acima da média mundial.
Por que diferenciar é importante?
Identificar a diferença entre ansiedade funcional e patológica é essencial, por que, enquanto a primeira nos protege e prepara, a segunda compromete nossa qualidade de vida. O diagnóstico correto permite o acesso a intervenções eficazes, favorecendo o tratamento dos sintomas de forma adequada.
Em resumo...
A ansiedade já foi sua aliada e segue sendo, em doses adequadas.
Ela se torna um problema quando é frequente, intensa e generalizada.
O Brasil enfrenta números alarmantes de transtornos ansiosos
Buscar apoio psicológico no momento certo pode transformar sua relação com a ansiedade
Referências:
LENHARDTK, Gabriela; CALVETTI, Prisla Ücker. Quando a ansiedade vira doença? Como tratar transtornos ansiosos sob a perspectiva cognitivo-comportamental. Aletheia, Canoas, v. 50, n. 1-2, p. 111-122, jan./dez. 2017.
CASTILLO, Ana Regina G. L.; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, Fernando R.; MANFRO, Gisele G. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 22, supl. II, p. 20-23, 2000.
D'AVILA, Lívia Ivo et al . Processo patológico do transtorno de ansiedade segundo a literatura digital disponível em português - revisão integrativa. Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande , v. 12, n. 2, p. 155-168, jun. 2020.



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